segunda-feira, 23 de maio de 2011

Três estágios da vida

Como você lida com o seu tempo, com o seu dinheiro e com a sua saúde? Como você balanceia e equilibra tudo isso?

Vamos refletir juntos?

Considerem que a nossa vida é dividida em três estágios: o primeiro a infância e adolescência, o segundo a idade adulta e o terceiro a velhice.

No primeiro momento da nossa vida temos muito tempo! Muito mesmo. Quem é que não se lembra de passar horas e horas assistindo “nada” na sessão da tarde? Ou então de ficar as férias de julho inteira em casa?

E a saúde? Vishhh! Tem de sobra para correr, para brincar e para bagunçar com os amigos até altas horas, e no dia seguinte acordar e ir bem cedo para a escola.

Mas nos falta dinheiro. A não ser que você venha de uma família rica, o que não é o caso da maioria, esse item vai faltar para você na primeira fase da sua vida.

Então o tempo que você poderia viajar, com a saúde e disposição de fazer loucuras, serão limitados pela falta do dinheiro. Você quer ir pra Disney? Esquece! Quer ter aquele vídeo-game de última geração? Esquece! E aquela bicicleta top de linha? Ihhhh, fica pra depois!

E não é que o depois chega? Vem a segunda fase da vida: somos adultos!!! Por termos passado aquela infância “na vontade” temos sede de alcançar grandes coisas, de realizarmos grandes feitos e de ganharmos muito dinheiro!

Focamos no nosso trabalho, nos dedicamos, ficamos horas à fio na empresa, deixamos de visitar nossos familiares, perdemos festas de aniversários. Mas ganhamos muito dinheiro.

E aquele tempo que você tinha? Já não tem mais. E como anda a sua saúde? Vai muito bem, só que você está gastando toda ela no trabalho. Você até compra a bicicleta, mas ela fica parada. Seu vídeo-game (sonho na infância) você tem instalado na sala da sua casa, mas só ligou uma vez.

Então você fica muito rico, ganha muito dinheiro, envelhece e se aposenta! Pronto!!! Conseguiu? Vejamos...

Chegou na terceira fase da vida, sua velhice. Agora você tem dinheiro, você tem tempo! Viva!!! Hora de curtir tudo que a vida tem de bom, mas, e a sua saúde? Já era! Você não tem mais saúde.

Sua cabeça manda, mas seu corpo já não responde mais. Aquela caminhada de 100 metros parece quilômetros.

E você pensa: “onde foi que eu errei?”

É simples: você não soube balancear seus três estágios da vida, e parece que ela passou e você nem percebeu.

Então, no primeiro momento você tinha tempo e tinha saúde, mas lhe faltou dinheiro. No segundo você tinha saúde e dinheiro, mas faltou o tempo para usufruir. Por fim você tem dinheiro e tempo, mas sua saúde não permite que você usufrua.

Fechamos com uma frase de Dalai Lama:
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.”

Até o próximo post!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Como lidar com os Jacarés?

No texto anterior falamos dos Jacarés e muita gente me disse que era culpa “sua” ter aceitado o contrato de drenar o pântano sem avaliar os riscos que envolviam a tarefa.

Isso realmente é um fator muito importante, mas o que quero destacar e refletir com vocês é justamente o fato de darmos muita importância para os jacarés.

Logo, não é agora o momento de falarmos sobre a gestão dos riscos ou a falta de planejamento da atividade e sim nos perguntarmos: por que paramos de drenar o pântano e começamos a caçar jacarés?

POXA! Você não foi contratado para caçar jacarés e, no final das contas, o que vale mesmo é o pântano a ser drenado.

Então: aprenda a falar “NÃO” para os jacarés do dia-a-dia!

É uma tarefa difícil, muitas vezes quase impossível, falar não aos jacarés. Mas se o fizermos será possível dar atenção e dedicarmos nosso tempo ao que realmente importa  e o que realmente fomos contratados para fazer.

Fazendo um gancho com o texto de “Gerenciando a Urgência”, você já tentou negociar com seu jacaré? Não?! Então tente!!! Muitas vezes você consegue deixá-lo de lado até terminar de drenar seu pântano.

OK, não tem como? Você PRECISA caçar aquele jacaré? Então negocie e justifique que o pântano vai levar um pouco mais de tempo, pois tem um jacaré “urgente” para caçar.

Outro ponto importante é que você deve deixar claro para todos que a sua função é drenar o pântano e não pode ser cobrado por não ter caçado os jacarés. Se você vier a ser cobrado pelo pântano, e também pelo jacaré, deve ser feita uma nova negociação.

Aqui poderá haver uma falha de comunicação e conseqüentemente um conflito. Lembre-se que você pode evitar isso comunicando, conversando e negociando.

Resumindo:
  • Sua atividade principal é o pântano;
  • Aprenda a falar “não” para os jacarés;
  • Se for necessário comunique e negocie, pois agora você deverá tratar do pântano E dos jacarés;
  • Cuidado para não gerar a falsa expectativa de que você irá caçar jacarés além de drenar o pântano.

Uma pequena história para finalizar:

Meu avô uma vez, lá pelos anos 80, fez um pequeno armário para uma senhora. No momento da instalação, conversa vai, conversa vem, e a senhora disse que estava com um problema no rodapé (olha o jacaré ai!) e perguntou se ele não poderia consertar. Prontamente ele disse que o faria.

O problema é que ele se esqueceu. E depois de 15 dias essa senhora liga revoltada e indignada na marcenaria dizendo que o rodapé dela estava com problema. E a pergunta do atendente prontamente foi “Mas e o seu armário?” e ela respondeu “Ahhh, o armário está perfeito! Mas o rodapé que prometeram arrumar não está!”.

Conflito gerado por causa de um jacaré e a falta de comunicação.

Até o próximo post!

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Pântano e o Jacaré

Era uma vez uma fazenda muito grande. O proprietário estava em plena expansão e resolveu utilizar mais áreas de sua propriedade para o gado.

 Na área escolhida para a expansão havia um pântano, e não seria possível colocar o gado lá.

 Então ele contratou o especialista para drenar os pântanos: VOCÊ!

 Pois bem, contrato assinado, prazo acordado e lá vai você rumo à drenagem do pântano.

 O dia começa bem, mas de repente surge um jacaré, e morde a sua perna!Você então se esquece do pântano por alguns instantes, e corre atrás do jacaré para capturá-lo.

 
Só depois de conseguir capturar o jacaré é que você retoma a atividade do pântano.

Isso se repete durante todo o dia, todo o mês. E o prazo para drenar o pântano acaba.

Você no final das contas capturou diversos jacarés, tarefa qual você não foi contratado, e o pântano não foi drenado, está no máximo parcialmente executado.

A estória acima é o meu desenrolar baseado na frase de Larry Greiner:
“Se você tem um jacaré a lhe morder a perna, a tendência é esquecer que sua tarefa principal era drenar o pântano.”

Gostaria de compartilhar a estória com vocês para refletirmos no nosso dia-a-dia:
  • Será que a quantidade de “jacarés” está muito alta?
  • Por que nos esquecemos do “pântano”?
  • Por que damos tanta atenção para o “jacaré”?
  • E como gerenciamos tudo isso?

As análises e respostas destas perguntas ficam para o próximo post. Até lá!